Em uma das sessões mais esperadas do Tribunal do Júri no Maranhão, Júnior do Nenzin foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato do próprio pai, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzin, ex-prefeito de Barra do Corda. O julgamento começou às 8h30 da manhã de quarta-feira (21) e só foi concluído por volta da 1h da madrugada desta quinta-feira (22), no Fórum de São Luís — quase 18 horas de sessão.
A audiência foi presidida pelo juiz Clésio Coelho Cunha e acompanhada por familiares, representantes do Ministério Público, advogados da defesa e membros da imprensa. O caso, que abalou a população de Barra do Corda e ganhou grande repercussão em todo o Maranhão, chegou a um desfecho quase sete anos após o crime, ocorrido em 2017.
Júnior foi condenado por homicídio triplamente qualificado. Segundo o Ministério Público, ele planejou e executou o assassinato do pai, motivado por interesses financeiros ligados à venda de gado. A promotoria defendeu a tese de crime premeditado, apresentando provas consideradas contundentes.


A defesa tentou afastar a culpa do réu, alegando ausência de provas conclusivas, mas não conseguiu convencer o júri.
A condenação marca um dos capítulos mais trágicos da política maranhense recente, envolvendo uma das famílias mais influentes da região central do estado.
Logo após a leitura da sentença, o Ministério Público anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, pedindo aumentar a pena aplicada ao réu.