O Maranhão já contabiliza 1.776 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025, com 100 mortes confirmadas até o momento, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O aumento expressivo dos casos de síndromes gripais tem provocado a lotação de hospitais em várias regiões do estado, afetando principalmente idosos e crianças.
Entre os agentes responsáveis pelo surto estão os vírus da Influenza e da Covid-19. Só a Influenza já soma 227 ocorrências. Existem quatro tipos do vírus: A, B, C e D — sendo os tipos A e B os principais causadores das epidemias sazonais. O tipo A também é o responsável pelas grandes pandemias, o que reforça a preocupação das autoridades sanitárias.
Frente ao crescimento dos atendimentos, a SES montou um hospital de campanha no estacionamento do Multicenter Sebrae, no bairro Cohafuma, em São Luís. A estrutura atua como unidade de triagem para casos leves e funciona diariamente das 7h à meia-noite. Após avaliação médica, os pacientes podem receber medicamentos no local ou ser encaminhados para unidades de referência em casos mais graves. A estrutura conta com equipamentos como aspiradores portáteis e balões de oxigênio para suporte emergencial.
A assessora especial da SES, Mayrlan Avelar, destaca a importância do atendimento precoce, sobretudo para os grupos de risco: “Idosos, gestantes e crianças devem procurar ajuda médica ao surgirem os primeiros sintomas gripais ou qualquer desconforto respiratório”, orienta.
Um dos principais fatores que contribuem para o agravamento do cenário é a baixa adesão à vacinação contra a gripe. Até agora, apenas 20,89% do público-alvo — composto por crianças, gestantes e idosos — recebeu o imunizante.
A vacina está disponível em várias unidades da capital, como as Policlínicas da Cidade Operária e do Vinhais, além das salas de vacinação dos hospitais estaduais Dr. Genésio Rêgo, Vila Luizão e Aquiles Lisboa. Postos e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos municípios também estão oferecendo a vacinação gratuitamente.
As autoridades de saúde reforçam o apelo à população: manter a vacinação em dia, utilizar máscaras em ambientes fechados ou com aglomeração, e buscar atendimento ao surgirem os sintomas são medidas fundamentais para conter o avanço das síndromes respiratórias no estado.
