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Prefeito João Vitor Xavier confessa assassinato de PM durante vaquejada e é liberado após depoimento
Por Henrique Sampaio
Publicado em 07/07/2025 19:32 • Atualizado 07/07/2025 19:34
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O prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier (PDT), de 27 anos, se apresentou voluntariamente à Polícia Civil do Maranhão na tarde desta segunda-feira (7), em Presidente Dutra, onde confessou ter matado o policial militar Geidson Thiago da Silva, de 37 anos, durante uma vaquejada no município de Trizidela do Vale, ocorrido na noite de domingo (6). Apesar da gravidade do crime, ele foi liberado após prestar depoimento, por não ter sido preso em flagrante.

Segundo a Polícia Civil, João Vitor chegou à delegacia acompanhado por seus advogados. Em sua versão, ele alegou que agiu em legítima defesa após se envolver em uma discussão com o policial, afirmando que disparou em reação a uma ameaça. Testemunhas, no entanto, relataram à polícia que o prefeito atirou cinco vezes nas costas da vítima, o que levanta dúvidas sobre a tese de legítima defesa.

Durante o depoimento, o prefeito também informou que se desfez da arma utilizada no crime. A Polícia Civil está em negociação com a defesa para que o armamento seja entregue. A corporação ressaltou ainda que João Vitor não possui porte legal de arma de fogo.

A vítima, Geidson Thiago, era lotado no 19º Batalhão da Polícia Militar do Maranhão e estava no evento acompanhado de amigos. O inquérito policial foi instaurado e terá até dez dias para ser concluído. Ao final das investigações, caberá ao delegado responsável decidir se irá solicitar a prisão preventiva do acusado.

Em nota, a Polícia Civil informou que todas as circunstâncias do caso, incluindo a suposta legítima defesa alegada pelo prefeito, serão rigorosamente apuradas com base em provas técnicas e testemunhais, e que o processo investigativo seguirá com total imparcialidade.

O caso teve grande repercussão no Maranhão e já mobiliza autoridades estaduais e a opinião pública, especialmente pelo fato de o acusado ocupar um cargo de chefia no Executivo municipal e ter sido liberado poucas horas após confessar o homicídio.

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