Na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Desterro, com o objetivo de combater uma facção criminosa investigada pelo sequestro e assassinato de cinco trabalhadores maranhenses, desaparecidos desde janeiro deste ano em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

Coordenada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a ação cumpriu 13 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande. Os alvos são suspeitos de envolvimento em homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver e organização criminosa.

Durante as diligências, realizadas em diversos bairros do município, dois homens foram presos em flagrante. Um deles estava em posse de uma arma de fogo, enquanto o outro utilizava uma tornozeleira eletrônica pertencente a outra pessoa, o que configura fraude processual.

Segundo o delegado Rogério Gomes, que conduz as investigações, todos os envolvidos possuem extensa ficha criminal, com passagens por homicídio, tráfico de drogas e atuação direta em facções criminosas.

A operação contou com o apoio da Diretoria Metropolitana e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), reforçando o trabalho integrado da Segurança Pública no enfrentamento ao crime organizado. Foram apreendidos celulares, documentos e materiais que podem auxiliar na identificação de outros envolvidos.

Relembre o caso

As cinco vítimas – jovens maranhenses entre 21 e 25 anos – chegaram em Várzea Grande no dia 9 de janeiro de 2025, para trabalhar em uma construtora. No dia seguinte, foram sequestradas do alojamento onde estavam, no bairro Jardim Primavera, após serem confundidas com membros de uma facção rival.

De acordo com as investigações, os trabalhadores foram levados para um “tribunal do crime”, onde teriam sido torturados e executados. Os corpos foram ocultados em locais distintos da cidade.

Até o momento, dois corpos foram localizados em uma área de mata no bairro Pirineu. Os outros três seguem desaparecidos. A polícia continua as buscas e trabalha para identificar todos os envolvidos no crime brutal.

As famílias das vítimas, que vivem no Maranhão, acompanham o caso com expectativa por justiça e esclarecimentos.