A cantora, apresentadora e ativista Preta Gil faleceu neste domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de complicações causadas por um câncer colorretal. Diagnosticada em 2022, a artista enfrentou a doença com coragem e transparência, tornando pública toda sua trajetória de tratamento.
Após passar por cirurgia e sessões de quimioterapia em 2023, Preta chegou a anunciar que estava curada. No entanto, em agosto de 2024, a doença retornou, desta vez com metástases em linfonodos, no peritônio e também com um nódulo no ureter. Diante da gravidade do quadro e da pouca resposta à quimioterapia tradicional, a artista viajou aos Estados Unidos em busca de tratamentos alternativos, incluindo uma consulta oncológica em Nova York.


Filha do cantor e ex-ministro Gilberto Gil e de Sandra Gadelha, Preta construiu uma carreira sólida e multifacetada. Iniciou sua trajetória na música nos anos 1990 e lançou seu primeiro álbum solo, "Preta, Gil", em 2003. Entre seus maiores sucessos estão músicas como “Beleza Rara”, “Sinais de Fogo”, “Não Me Diga Adeus” e “Só o Amor”.
Mais do que uma artista, Preta Gil foi uma figura importante na luta por causas sociais. Atuou com firmeza no combate ao racismo, na defesa da comunidade LGBTQIA+ e na valorização do corpo feminino fora dos padrões. Também se destacou como empreendedora cultural, sendo sócia-diretora da empresa Music2Mynd, que criou com foco na gestão artística.
Preta Gil deixa um filho, Francisco Gil (Fran), uma neta, Sol de Maria, e um legado de coragem, representatividade e arte. Ela também era meia-irmã de Bem Gil, Bela Gil e Nara Gil.
A cultura brasileira perde uma de suas vozes mais marcantes e autênticas. A música, a televisão e os movimentos sociais hoje choram a partida de uma mulher que fez da sua história uma trincheira de amor, alegria e resistência.