Juliana Garcia, de 35 anos, recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira (4), após ter sido brutalmente agredida com 61 socos dentro de um elevador, no último dia 26 de julho, em um condomínio no bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal (RN). O agressor é seu ex-companheiro, o ex-jogador de futebol Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, que foi preso em flagrante.
Juliana estava internada no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde passou por uma cirurgia de reconstrução facial. A operação foi considerada bem-sucedida, e agora ela seguirá o tratamento em casa, conforme orientações de uma equipe multidisciplinar. A paciente deve retornar ao hospital ainda este mês para uma avaliação pós-cirúrgica.
Ataque registrado por câmeras
O ataque chocante foi registrado pelo sistema de segurança do condomínio, e durou cerca de 36 segundos. As imagens mostram Igor desferindo dezenas de golpes contra Juliana dentro do elevador, sem qualquer chance de defesa para a vítima.
A violência foi percebida em tempo real por um segurança do prédio, que imediatamente acionou a Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN). Quando o elevador chegou ao térreo, moradores intervieram e contiveram o agressor, que foi preso em flagrante pelos policiais.
Discussão antecedeu o ataque
De acordo com relatos, a agressão ocorreu após uma discussão na área de lazer do residencial, motivada por uma mensagem enviada por Juliana a um amigo de Igor. Enfurecido, ele tomou o celular da vítima e o lançou na piscina.
Juliana afirmou que essa não foi a primeira vez que sofreu agressões do ex-companheiro. “Ele já tinha quebrado um celular meu pisando. Na segunda vez, jogou outro celular contra a parede”, revelou.
O caso segue em investigação
O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais e em veículos de imprensa, reacendendo o debate sobre a violência doméstica e a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes de proteção às mulheres.
Igor Eduardo está detido e deve responder por tentativa de feminicídio e lesão corporal grave. A investigação está sob responsabilidade da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.
