Em reunião extraordinária realizada nesta semana, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu encaminhar à Corregedoria as representações contra 14 parlamentares que lideraram atos de protesto e a ocupação do plenário, em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A medida, anunciada pela Secretaria-Geral da Casa, dá início ao trâmite interno de apuração por possível quebra de decoro parlamentar. O presidente da Câmara, Hugo Motta, optou por seguir o rito formal, diferente do que ocorreu em casos recentes envolvendo os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), que foram enviados diretamente ao Conselho de Ética.


Pelo procedimento, o corregedor parlamentar, deputado Diego Coronel (PSD-BA), terá 48 horas para apresentar parecer. O documento poderá recomendar o arquivamento ou o envio das representações ao Conselho de Ética, onde poderá ser aberto processo disciplinar que, se resultar em condenação, prevê suspensão do mandato por até seis meses. A decisão final cabe à Mesa Diretora e ao Conselho de Ética.
Segundo a Câmara, uma representação do PL contra a deputada Camila Jara (PT-MS) foi retirada da lista. Permanecem sob análise nomes de destaque da oposição, como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido; Zucco (PL-RS), líder da minoria; e Marcel Van Hattem (Novo-RS), líder do Novo.
Lista dos deputados com representações encaminhadas à Corregedoria:
Os protestos que motivaram as representações interromperam as sessões plenárias desta semana. Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e obstrução da Justiça.