MATÕES – Após três dias de diligências, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) prendeu quatro pessoas suspeitas de participação no assassinato do empresário Antônio de Pádua Cunha Santos, ocorrido há dois anos no povoado São Severino, em Matões. A ação também resultou na apreensão de 12 armas de fogo, incluindo metralhadora e carabina.

De acordo com a investigação da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o crime foi encomendado por três mandantes — todos da mesma família — que teriam pago R$ 100 mil a um pistoleiro, ao responsável pela logística e abrigo, e ao executor direto. Entre os presos, estão um dos mandantes e os três executores.

As prisões foram realizadas em Timon (MA) e nos municípios paraenses de Ulianópolis e Dom Eliseu. Durante o cumprimento dos mandados, também foram presos em flagrante, por posse ilegal de armas, o filho de um vereador de Timon e um fazendeiro. Apesar disso, ambos não têm ligação direta com o homicídio. O vereador citado, entretanto, é apontado como um dos mandantes e segue foragido.

As buscas em endereços ligados aos investigados revelaram o uso de uma fazenda no Pará como ponto de reuniões do grupo. No local, foi encontrado um carro com vestígios de sangue que teria sido lavado após o crime. A fazenda também armazenava grande parte do arsenal, que seria utilizado pelo pistoleiro ligado à propriedade.

Na agenda do fazendeiro preso pelas armas ilegais, a polícia identificou uma anotação que reforça a ligação dele com o pistoleiro, que na época do assassinato atuava como segurança da fazenda. Além das armas, os policiais apreenderam munições e acessórios bélicos.

Segundo a PC-MA, o grupo criminoso possui influência nos estados do Maranhão, Piauí e Pará, atuando em diferentes frentes criminosas.

As investigações continuam, com perícias em dispositivos eletrônicos e análise de provas técnicas, para identificar outros envolvidos e responsabilizar todos os integrantes da organização.