Motociclistas de aplicativos voltaram às ruas na manhã desta quarta-feira (27) para protestar contra a insegurança no trabalho, após o assassinato do colega Franklin César, morto no último domingo (25), na Península do Ipase, em São Luís
O ato ocorre em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão, no bairro Cohafuma, com interdição da Avenida Jerônimo de Albuquerque, sentido Renascença. O trânsito ficou totalmente bloqueado no local. A Polícia Militar acompanha a manifestação e tenta negociar com os trabalhadores, impedindo a entrada deles no prédio da Assembleia. A cada momento, mais motociclistas chegam para reforçar o movimento.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA) informou, por meio de nota, que reforçou o policiamento ostensivo na Grande Ilha e destacou que as investigações sobre o crime seguem sob responsabilidade da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), até que todos os envolvidos sejam identificados e responsabilizados.


Protestos começaram na terça-feira
No dia anterior (26), os motociclistas já haviam realizado manifestações em pontos estratégicos da cidade, como as avenidas Daniel de La Touche e Jerônimo de Albuquerque, nas imediações do Elevado da Cohama, provocando intenso congestionamento.
Durante os atos, a categoria denunciou a vulnerabilidade enfrentada diariamente e cobrou medidas imediatas das autoridades para garantir mais segurança.
À noite, outro protesto ocorreu na entrada do Residencial Península do Ipase, no bairro Bequimão. Segundo a Polícia Militar, houve tensão quando disparos foram efetuados do conjunto habitacional contra os manifestantes. Ninguém ficou ferido, e a situação foi controlada pelo Batalhão de Choque e pelo 8º BPM. Imagens que circulam nas redes sociais mostram ainda tentativas de depredação, como a derrubada de semáforos e ataques a equipamentos públicos.
Prisão do suspeito
Ainda na terça-feira, a polícia prendeu Wendel Araújo da Silva, de 21 anos, conhecido como “Carioca”, suspeito de liderar a facção criminosa que atua na área do Bequimão. Ele é apontado como o responsável por autorizar a execução de Franklin, que teria sido confundido com integrante de grupo rival.
Com o suspeito, foram apreendidas drogas e uma arma de fogo. Após prestar depoimento, ele foi encaminhado ao sistema prisional e encontra-se à disposição da Justiça.