Dados divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um cenário preocupante para o Maranhão. O estado concentra quatro dos cinco municípios com o menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil, de acordo com o levantamento do PIB dos Municípios referente ao exercício de 2022–2023.
Entre os piores desempenhos do país estão Nina Rodrigues, com PIB per capita de R$ 7.701,32; Matões do Norte, com R$ 7.722,89; Cajapió, que registrou R$ 8.079,74; e São João Batista, com R$ 8.246,12. Esses números evidenciam a baixa capacidade de geração de renda local e a forte desigualdade regional.
O único município fora do Maranhão a aparecer nessa faixa crítica é Manari, em Pernambuco, que apresentou o menor PIB per capita do Brasil, com R$ 7.201,70. Todos esses valores estão muito abaixo da média nacional, que foi de R$ 53,9 mil por habitante.
Segundo o IBGE, os municípios com menor PIB per capita estão, em sua maioria, localizados em regiões com baixa diversificação econômica, forte dependência de transferências públicas e acesso limitado a atividades produtivas de maior valor agregado, fatores que dificultam o crescimento sustentável e a geração de empregos.
Na outra extremidade do ranking, o estudo aponta elevada concentração de riqueza. Apenas dez municípios responderam por cerca de 24,5% da economia brasileira em 2023. São eles: São Paulo (SP), com 9,7% do PIB nacional; Rio de Janeiro (RJ), com 3,8%; Brasília (DF), 3,3%; Maricá (RJ), Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM), cada um com 1,2%; Curitiba (PR), 1,1%; Osasco (SP), 1,1%; Porto Alegre (RS), 1,0%; e Guarulhos (SP), 0,9%.
Os dados reforçam o desafio histórico do Maranhão em reduzir desigualdades e ampliar políticas de desenvolvimento regional capazes de impulsionar a economia local, diversificar a produção e melhorar a renda da população.
